sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

II Intervenção: Trabalhando com a cidade de Jequié

Dando seguimento as nossas ações, nos reunimos para planejarmos as aulas. Na concepção de Padilha (2001, p. 30) o planejamento pode "evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, a partir dos resultados da avaliação da própria ação." Partindo desse pressuposto, decidimos trabalhar com a história da cidade de Jequié, buscando mais informações a respeito do tema para desenvolver nossas ações da melhor forma possível.
Nos dias 19 e 20 de Outubro fomos para o chão da escola por em prática nosso trabalho. Como nos primeiros dias da intervenção as colegas Naiane e Andreia já tinham apresentado a história de Jequié. Eu e minhas colegas ficamos encarregadas de levarmos para sala de aula a visão atual da cidade, poemas sobre Jequié e a confeccionar um instrumento indígena.
Nessa intervenção no momento da atividade quando foi solicitada a produção de um texto sobre Jequié, percebi que alguns alunos estão bem desenvolvidos no processo da escrita. Muitos deles criaram textos sobre o que queriam que mudasse em nossa cidade, cada produção foi uma surpresa pela consciência que essas crianças mostraram ter a respeito do local onde vive.
No dia seguinte fizemos uma revisão, lemos um poema sobre a cidade de Jequié e construímos um instrumento indígena. Cada criança confeccionou seu instrumento e ornamentou. Segundo Vygotsky (1996) esse momento de interação com as crianças serve para construirmos ações partilhadas, uma vez que o processo de ensino-aprendizagem se dá a partir das relações interpessoais de troca com o meio.

Quando parei para escrever esse relato percebi como esse momento é essencial para refletirmos sobre nossas ações em sala. De acordo com Gómes (1992 p.110) “o profissional competente atua na ação, criando uma nova realidade experimentando, corrigindo e inventando através do diálogo que estabelece com a mesma realidade.” Isso deixa evidente o papel do professor como investigador das suas ações. O educador deve refletir sua prática, questionar a fim de agir sobre ela e o PIBID está mim proporcionando fazer essa reflexão.

REFERÊNCIAS

GÓMEZ, A. P. O pensamento prático do professor - A formação do professor como profissional reflexivo. In: Nóvoa, A. Os professores em sua formação. Lisboa, 1992.

PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o Programa Político Pedagógico da escola. 4ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2001.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.

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