quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Formas geométricas

Antes de adentrarmos a sala de aula é preciso pensar e planejar a nossa ação, conforme evidencia Padilha (2001), planejar o que será feito no decorrer da aula pode evitar a improvisação por parte do professor, além de estabelecer caminhos que vão servir para nortear as suas ações em sala de aula. Para tanto, nos reunimos e expomos as nossas ideias ao grupo e decidimos fazer uma intervenção em que pudéssemos trabalhar com Língua Portuguesa e Matemática.
Fizemos um levantamento dos conteúdos a serem abordados e os materiais que poderíamos utilizar. No primeiro dia, iniciamos o assunto levantando os conhecimentos prévios dos alunos e pedindo que eles nos dissessem o que sabiam sobre as formas geométricas. Fizemos toda explicação do conteúdo e apresentamos as formas geométricas espaciais.
 Para trabalharmos com a junção Língua Portuguesa e Matemática, escolhemos um texto das autoras Liliana e Michele Lacocca. Após a leitura e discussão do texto, fizemos todo o processo com a palavra geradora e por fim aplicamos as atividades. Na realização da mesma, alguns alunos tiveram dificuldades em grafar determinadas palavras.
No ultimo dia de intervenção, escolhemos fazer maquetes para que os alunos pudessem ter um contato direto com as formas geométricas estudadas nos dias anteriores. Depois da confecção, os alunos as apresentaram para os colegas de outra turma.
Por fim, a escrita deste relato é essencial para refletirmos sobre as nossas ações. De acordo com Pérez Gómez (1995), a reflexão sobre a ação ajuda o profissional a progredir no seu desenvolvimento e a construir a sua forma pessoal de conhecer, ou seja, trata-se de olhar retrospectivamente para a ação e refletir sobre a mesma no intuito de melhorá-la.

REFERÊNCIAS

PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o Programa Político Pedagógico da escola. 4ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2001.

PÉREZ GÓMEZ, Angel. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, Antônio. (Org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1995, p. 93-114.

Trabalhando com gênero textual poema

Antes de darmos inicio as nossas ações na escola, nos reunimos para planejarmos, considerando que “o planejamento educacional é da maior importância e implica enorme complexidade, justamente por estar em pauta a formação do ser humano” (LIBÂNEO, 1992, p.15), dessa forma, através das reuniões semanais decidimos a melhor maneira de aplicar a ação.
Depois de expor e discutir nossas ideias com a coordenadora, a professora supervisora e com os demais colegas, nós decidimos trabalhar com o gênero textual poema, e nos dias 6 e 7 de Junho realizamos a intervenção. Na realização da atividade do primeiro dia, a respeito do desenvolvimento dos alunos, notei que alguns apresentaram um pouco de dificuldade na escrita de determinadas palavras, entretanto, uma grande parte não teve dificuldades e demonstraram avanços consideráveis, tendo em vista o desempenho apresentado no diagnóstico que fizemos anteriormente, isso se deve ao trabalho de excelência feito pela professora regente.
No segundo dia, após a revisão do que foi estudado no dia anterior, iniciamos trabalhando com a palavra geradora PASSARINHO. Fizemos todas as etapas do método sociolinguístico e partimos para a atividade. No intuito de intensificar a escrita dos alunos, propomos uma atividade em grupo, onde cada criança teve a oportunidade de transcrever um trecho do poema “Leilão de jardim”. Depois de transcrição eles desenharam no cartaz figuras que eram citadas no poema.

Ao final de mais uma intervenção, paro para analisá-la, desde a sua construção com o planejamento até a concretização da mesma, e percebo que estou me capacitando e evoluindo consideravelmente na relação teoria-prática.

REFERÊNCIAS

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, Cortez, 1992.

Diagnóstico de leitura e escrita

Antes de darmos início as intervenções, realizamos o diagnóstico de leitura e escrita. A atividade diagnóstica é de fundamental importância para conhecer os níveis que os alunos estão, considerando que a partir dos resultados o professor será capaz de realizar aulas e atividades adequadas a realidade de cada aluno.
Após nos reunimos e planejarmos esse momento, aplicamos a atividade diagnóstica de leitura e escrita no dia 10 de abril, na sala do 2º ano. Primeiro aplicamos a atividade de escrita, e em seguida tomamos a leitura.

Analisamos o diagnóstico de escrita e verificamos que 43% (7 alunos) produziram escrita não identificada, 23% (4 alunos) escreveram alfabeticamente apresentando erros ortográficos, neste caso as crianças compreendem que para cada caractere da escrita existe um valor sonoro correspondente. Podemos observar que 18% (3 alunos) produziram escrita silábica alfabética, nesse nível a criança apresenta uma escrita algumas vezes com sílabas completas outrora incompletas, ou seja, ela alterna entre a escrita silábica e a alfabética. Ferreiro nos diz que:

[...] a criança abandona a hipótese silábica e descobre a necessidade de fazer uma análise que vá além da sílaba pelo conflito entre a hipótese silábica e a exigência de quantidade mínima de caracteres (ambas as exigências puramente internas, no sentido de serem hipótese originais da criança) e o conflito entre as formas gráficas que o meio lhe propõe e a leitura dessas formas em termos de hipótese silábica (conflito entre uma exigência interna e uma realidade exterior ao próprio sujeito). (FERREIRO, 1984, p. 30)
            
Enquanto 12% (2 alunos) produziram escrita silábica, onde a criança supõe que a escrita representa a fala, e 6% (1 aluno) produziu escrita pré-silábica, fase que a criança faz hipótese da quantidade de letras na palavra e a necessidade de variá-las, mas como não possui um amplo repertório, ela acaba repetindo o mesmo grupo de letras.
No diagnóstico de leitura identificamos que 47% (8 alunos) não leem mais conseguem reconhecer as letras, 23 (4 alunos) leem e compreendem as frases com estrutura sintática simples, 18% (3 alunos) apenas decodifica as sílabas, mas não lê a palavra e 12% (2 alunos) leem e compreendem apenas algumas palavras.  Para Brandão (1997, p. 22) “ao promover a interação entre indivíduos, a leitura, compreendida não só como leitura da palavra, mas também como leitura de mundo, deve ser atividade constitutiva de sujeitos capazes de interligar o mundo e nele atuar como cidadão”, sendo assim, o ato de ler é a forma que o individuo encontra para estar em contato com o mundo. Considerando os resultados apresentados, notamos a necessidade de proporcionar situações de aprendizagem significativa, para promover as habilidades de leitura e escrita nos alunos.


REFERÊNCIAS

BRANDÃO, Helena. Aprender a ensinar com textos didáticos e paradidáticos. São Paulo: Cortez, 1997.

FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1984.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Observação: turma do 2º ano do fundamental

Mais um ano letivo se inicia e com ele chega o momento de darmos início as nossas ações na Escola Vilma Brito Sarmento. Durante este ano, iremos desenvolver as intervenções na sala da professora Josiene com a turma do 2º Ano do Ensino Fundamental I. Antes de realizarmos o diagnóstico e as intervenções fizemos uma observação nos dias 27 e 28 de Março de 2017 para conhecermos a turma.
No primeiro dia de observação estavam presentes dezessete alunos e no segundo dia vinte e dois. Em geral, os alunos participaram da aula, desenvolvendo as atividades propostas. Percebi que alguns estão em níveis mais avançados que outros. Durante os dois dias de observação, o comportamento de uma aluna me chamou atenção, ela aparenta possuir algum tipo de necessidades especiais. Notei que enquanto a professora explicava as atividades ela se dispersava e ficava olhando para alguns pontos da sala e para os colegas. Após a aula, a professora nos relatou que essa aluna tem necessidades especiais, porém, ainda não tem uma cuidadora, porque a família está tentando conseguir um laudo médico.
Nessa observação percebemos que a professora segue uma rotina nas aulas, ela começa com a oração, em seguida faz a chamada, distribui os crachás com os nomes dos alunos, faz a leitura de uma história e em seguida a leitura do alfabeto, e dá continuidade à aula com as atividades planejadas para o dia. Manter a rotina na escola é imprescindível para o desenvolvimento das aulas, conforme Leal (2004, p. 02) “As crianças aprendem, através dessas rotinas, a prever o que fará na escola e a organizar-se. Por outro lado, a existência dessas rotinas possibilita ao professor distribuir com maior facilidade as atividades que ele considera importantes para a construção dos conhecimentos em determinado período, facilitando o planejamento diário das atividades didáticas”.
Na realização das atividades, notamos que a professora passa de mesa em mesa, ensinando os alunos, tirando as dúvidas e fazendo as devidas correções. Esse trabalho de instruir cada aluno é uma tarefa que exige tempo e é um momento muito importante para o aprendizado, considerando que os alunos ainda estão em fase de alfabetização e precisam dessa atenção mais individualizada.
Essa observação foi um momento de fundamental importância para compreendermos como ocorre o desenvolvimento das aulas sem a nossa participação. Dessa forma, paramos para refletirmos os desafios da gestão de classe, o tempo de desenvolvimentos das atividades com alunos de 2º Ano e como teremos um controle da turma ao longo das nossas ações.