Antes
de darmos início as intervenções, realizamos o diagnóstico de leitura e
escrita. A atividade diagnóstica é de fundamental importância para conhecer os
níveis que os alunos estão, considerando que a partir dos resultados o
professor será capaz de realizar aulas e atividades adequadas a realidade de
cada aluno.
Após
nos reunimos e planejarmos esse momento, aplicamos a atividade diagnóstica de
leitura e escrita no dia 10 de abril, na sala do 2º ano. Primeiro aplicamos a
atividade de escrita, e em seguida tomamos a leitura.
Analisamos
o diagnóstico de escrita e verificamos que 43% (7 alunos) produziram escrita
não identificada, 23% (4 alunos) escreveram alfabeticamente apresentando erros ortográficos,
neste caso as crianças compreendem que para cada caractere da escrita existe um
valor sonoro correspondente. Podemos observar que 18% (3 alunos) produziram
escrita silábica alfabética, nesse nível a criança
apresenta uma escrita algumas vezes com sílabas completas outrora incompletas,
ou seja, ela alterna entre a escrita silábica e a alfabética. Ferreiro nos diz
que:
[...] a criança abandona a hipótese silábica
e descobre a necessidade de fazer uma análise que vá além da sílaba pelo
conflito entre a hipótese silábica e a exigência de quantidade mínima de
caracteres (ambas as exigências puramente internas, no sentido de serem
hipótese originais da criança) e o conflito entre as formas gráficas que o meio
lhe propõe e a leitura dessas formas em termos de hipótese silábica (conflito
entre uma exigência interna e uma realidade exterior ao próprio sujeito).
(FERREIRO, 1984, p. 30)
Enquanto
12% (2 alunos) produziram escrita silábica, onde a criança supõe que a escrita
representa a fala, e 6% (1 aluno) produziu escrita pré-silábica, fase que a
criança faz hipótese da quantidade de letras na palavra e a necessidade de
variá-las, mas como não possui um amplo repertório, ela acaba repetindo o mesmo
grupo de letras.
No diagnóstico de leitura identificamos que 47% (8 alunos) não leem mais conseguem reconhecer as letras, 23 (4 alunos) leem e compreendem as frases com estrutura
sintática simples, 18% (3 alunos) apenas decodifica as sílabas, mas não lê a
palavra e 12% (2 alunos) leem e compreendem apenas algumas palavras. Para Brandão (1997, p. 22) “ao promover a
interação entre indivíduos, a leitura, compreendida não só como leitura da
palavra, mas também como leitura de mundo, deve ser atividade constitutiva de
sujeitos capazes de interligar o mundo e nele atuar como cidadão”, sendo assim,
o ato de ler é a forma que o individuo encontra para estar em contato com o
mundo. Considerando os resultados apresentados, notamos a necessidade de
proporcionar situações de aprendizagem significativa, para promover as
habilidades de leitura e escrita nos alunos.
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Helena. Aprender a ensinar com textos didáticos e paradidáticos. São Paulo:
Cortez, 1997.
FERREIRO,
Emília. Alfabetização em processo.
São Paulo: Cortez, 1984.
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