quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Diagnóstico de leitura e escrita

Antes de darmos início as intervenções, realizamos o diagnóstico de leitura e escrita. A atividade diagnóstica é de fundamental importância para conhecer os níveis que os alunos estão, considerando que a partir dos resultados o professor será capaz de realizar aulas e atividades adequadas a realidade de cada aluno.
Após nos reunimos e planejarmos esse momento, aplicamos a atividade diagnóstica de leitura e escrita no dia 10 de abril, na sala do 2º ano. Primeiro aplicamos a atividade de escrita, e em seguida tomamos a leitura.

Analisamos o diagnóstico de escrita e verificamos que 43% (7 alunos) produziram escrita não identificada, 23% (4 alunos) escreveram alfabeticamente apresentando erros ortográficos, neste caso as crianças compreendem que para cada caractere da escrita existe um valor sonoro correspondente. Podemos observar que 18% (3 alunos) produziram escrita silábica alfabética, nesse nível a criança apresenta uma escrita algumas vezes com sílabas completas outrora incompletas, ou seja, ela alterna entre a escrita silábica e a alfabética. Ferreiro nos diz que:

[...] a criança abandona a hipótese silábica e descobre a necessidade de fazer uma análise que vá além da sílaba pelo conflito entre a hipótese silábica e a exigência de quantidade mínima de caracteres (ambas as exigências puramente internas, no sentido de serem hipótese originais da criança) e o conflito entre as formas gráficas que o meio lhe propõe e a leitura dessas formas em termos de hipótese silábica (conflito entre uma exigência interna e uma realidade exterior ao próprio sujeito). (FERREIRO, 1984, p. 30)
            
Enquanto 12% (2 alunos) produziram escrita silábica, onde a criança supõe que a escrita representa a fala, e 6% (1 aluno) produziu escrita pré-silábica, fase que a criança faz hipótese da quantidade de letras na palavra e a necessidade de variá-las, mas como não possui um amplo repertório, ela acaba repetindo o mesmo grupo de letras.
No diagnóstico de leitura identificamos que 47% (8 alunos) não leem mais conseguem reconhecer as letras, 23 (4 alunos) leem e compreendem as frases com estrutura sintática simples, 18% (3 alunos) apenas decodifica as sílabas, mas não lê a palavra e 12% (2 alunos) leem e compreendem apenas algumas palavras.  Para Brandão (1997, p. 22) “ao promover a interação entre indivíduos, a leitura, compreendida não só como leitura da palavra, mas também como leitura de mundo, deve ser atividade constitutiva de sujeitos capazes de interligar o mundo e nele atuar como cidadão”, sendo assim, o ato de ler é a forma que o individuo encontra para estar em contato com o mundo. Considerando os resultados apresentados, notamos a necessidade de proporcionar situações de aprendizagem significativa, para promover as habilidades de leitura e escrita nos alunos.


REFERÊNCIAS

BRANDÃO, Helena. Aprender a ensinar com textos didáticos e paradidáticos. São Paulo: Cortez, 1997.

FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1984.

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